sábado, 26 de setembro de 2015

É hora de doar!

Mamas cheias após a mamada do bebê, filho saciado e o desejo de ajudar outras crianças. Esses são alguns dos sinais de que você pode ser doadora de leite humano, ajudando a salvar muitas vidas.
Ainda existem muitos mitos sobre amamentação e eles sempre circulam pela internet, deixando as mães e familiares que acompanham a fase de amamentação super confusos. Uma bem polêmica é quanto a doação de leite humano.
Se eu doar, meu filho vai ficar sem leite? Qual o destino final do leite que estou doando? É seguro?
A produção de leite humano depende de uma série de fatores entre eles o psicológico e bem estar físico da mãe, além disso, quanto mais a mama for estimulada, mais leite irá produzir.
Ao doar leite, a mãe estimula suas mamas com massagens e ordenha, seja manual ou na bombinha, logo, a mulher que doa, produzirá o leite necessário para saciar seu filho e o excedente, que ajudará outras crianças.
O Banco de Leite Humano (BLH) faz campanha constantemente em busca de novas doadoras e após avaliar se esta mulher pode doar, orienta como o leite deve ser retirado e armazenado, evitando, portanto, a contaminação. O leite já ordenhado e armazenado em frascos do tipo café solúvel (nescafé) é recolhido na casa da doadora pela equipe do BLH, em seguida é pasteurizado e, depois disso, distribuído para as crianças que estão na UTI Neo. O procedimento é seguro e a mãe não sente dor ao retirar o leite da própria mama.



Lembram da nossa amiga Yêda Lúcia? Pois bem, ela decidiu ser doadora de elite antes mesmo de parir. "Minha gestação tão bem resolvida, desejada e sonhada, o que fortalecia meu pensamento de que produziria bastante leite materno. Defendo o conceito de que o aleitamento materno inicia na concepção e minha bebê foi super esperada", recorda.
Uma das motivações da doadora foi a necessidade de contribuir com o desenvolvimento e nutrição das crianças internadas na UTI Neo do Hospital Universitário Materno Infantil, a única dificuldade encontrada por Yêda foi o tempo, pois os cuidados com sua filha eram intensos. " Quando eu estava ordenhando ela chorava, acordava, queria colo, atenção ou então era o momento de trocar a fralda, de dar colinho e eu geralmente estava morta de sono. SE eu tivesse ajuda nos cuidados com Valentina, certamente a falta de tempo não seria problema", disse.
Quanto ao ato de doar, Yêda Lúcia contou que chega a ser mais que um gesto de amor, sendo indescritível, pois quando amamenta sua filha, experimenta uma comunicação nunca experimentada antes na vida, com troca de olhares que a emocionam muito. "Imagino as mães que não puderam experimentar de tanta emoção, isso me causa dor emocional. Então a doação para mim é resumida em vidas (bebês) e esperança (mamães). Me coloco no lugar delas e imagino elas dizendo que mesmo sem poder amamentar, o filho delas está sendo alimentado com leite materno, o que os ajudará a ficar bem e terem alta, irem pra casa", relata emocionada.


O recado que nossa "amiga do peito" deixa para todas as mães é: "A doação de leite materno nos possibilita a oportunidade e proporcionar um pouquinho de nós (doadoras) nos filhos de mães que só queriam ter um pouquinho das nossas emoções de amamentar".

E você, o que acha de também ser doadora de leite humano e ajudar outras crianças? Entre em contato com o BLH mais próximo de sua casa e receba todas as orientações e materiais necessários para coleta e armazenamento de leite materno.
Doe leite, salve vidas!
BLH do Hospital Universitário Materno Infantil - funcionamento de segunda à sexta, das 7h às 18h, mais informações no 2109-1178.










quarta-feira, 2 de setembro de 2015

O outro lado da moeda

Chega uma certa idade que parte das mulheres começa a despertar o desejo de ser mãe. A maternidade aflora e quando você trabalha exatamente com mães que amamentam, bebês que crescem lindos e saudáveis porque estão mamando exclusivamente, o desejo de alimentar sua própria cria aumenta mais ainda.
Ora, se ela trabalha com amamentação, é lógico que vai tirar de letra!
Isso é o que quase todos a sua volta imaginam, mas na verdade não é bem assim. Dominar a técnica em sua teoria não garante que no momento da prática não surgirão dúvidas.
A história de hoje é da amiga Yêda Lúcia, mãe de primeira viagem da princesa Maria Valentina.
Mesmo sendo Enfermeira pós graduada, com experiência profissional em Pediatria há 18 anos, Yêda teve dificuldades como toda mulher tem para amamentar, algo que deve ser encarado com naturalidade, pois amamentar requer prática e orientação correta. Nenhuma mulher vem com o botão mágico, que basta acionar para o processo de amamentação fluir corretamente (seria até bom...rs).
Nossa personagem conta que aos 37 anos recebeu o melhor presente que uma mulher pode receber, engravidou. Desde a gestação Yêda teve alguns "probleminhas", o primeiro foi a opção pelo parto normal, interpretada de forma negativa por várias pessoas, como se fosse um crime.
Por questões fisiológicas não foi possível realizar o tipo de parto planejado inicialmente, recorreu-se então ao procedimento cirúrgico, a cesariana.
Maria Valentina nasceu bem, pesando 2.710g. "Nas primeiras 24h tive apoio profissional na amamentação, eu me achando a super mãe amamentando, mas estava tudo errado, pega, postura. Graças as orientações que recebi, foi possível contornar futuros problemas e também me senti mais segura", comenta.



Dois dias após o parto mãe e bebê tiveram alta hospitalar e foram para casa, veio então o choque de realidade, pois a partir daquele momento seriam só elas duas. "Nesse momento surgiram as dúvidas, inseguranças, medos (muitos medos), choro, (muito choro)", relembra esse momento com um belo sorriso.
As cobranças partiam de todos os lados, ela nada sabia, nada lembrava, mas tinha experiência em Pediatria, foi então que começaram a pressioná-la. Yêda recorda que mesmo sendo experiente, aquele momento era diferente, ali ela não era "a Enfermeira", mas sim a Mãe e ser mãe é algo que se aprende todos os dias, mãe também erra e tem medo de que isso aconteça. "Eu não sabia nem dar banho na banheira, tinha medo, o choro dela era assustador, pois eu não sabia identificar o que Valentina sentia, mas todos exigiam que eu soubesse. Tinha medo até de perguntar, tirar dúvidas, pois era julgada e repreendida, ouvia sempre a célebre frase: não acredito, você não é enfermeira?"
E o que ela queria era simples. Queria o direito de poder chorar, mostrar sua fragilidade, ter dúvidas (sim, por que não?), errar, aprender com os erros e acertar depois. Ela queria ser mãe e não enfermeira. "Permita-me ser mãe, não retire esse meu direito de aprender errando. Me ajudem, me instruam, solucionem meu problema. Mas por favor, deixem eu viver minha maternidade", recorda.
Hoje essa dupla tira de letra a amamentação e Yêda é doadora de leite materno, história que contaremos em nossa próxima postagem!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

A Ditadura da Amamentação e o sentimento de culpa

Tem sido comum ouvir comentários do tipo: "é mais mãe porque amamentou", "não é uma boa mãe porque ofereceu leite artificial", "não ama tanto o filho, senão teria insistido mais, suportado todos os problemas", "tenho vergonha de dizer que não consegui amamentar", "as pessoas me olham de cara feia quando dou mamadeira pro meu bebê".
Amamentar ao seio é importante? Sim!
O leite materno é superior a qualquer fórmula artificial? Lógico, não tenho a menor dúvida!
Tá certo, mas e se a mãe não conseguir? Se por um acaso ela tiver uma fissura não tratada e, em seguida, virar uma mastite, a produção de leite materno diminuir, o bebê perder peso, o emocional ficar abalado e pronto, era uma vez a amamentação. O que devo fazer? Ou melhor, o que "devemos" fazer (sim, porque vc também é responsável)?
Posso afirmar que cobrar com certos olhares não será o caminho certo a ser percorrido.
Nesse momento a mãe está mais que fragilizada, ela se sente também incapaz. Ela pensa mais ou menos assim: "Minha vizinha está amamentando, minhas primas amamentaram, minha irmã amamentou e só eu que não consigo. O que tem de errado comigo? Eu queria tanto amamentar...".
Ela passa a se sentir menos mãe, menos mulher.
Volto a falar o que já mencionei em postagem anterior, como estão sendo feitas as consultas de pré-natal? A futura mamãe tem sido realmente orientada de como é a fase de amamentação? Pelos relatos que ouço, muitas informações só são recebidas após o parto, mais precisamente quando a "mamãe" está enfrentando o tal do problema.
Devemos apoiar o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado até os 2 anos de idade ou mais (que lindo!)?Claro que devemos, pois sabemos de todos os benefícios dessa prática tanto para mãe e bebê, quanto para nossos indicadores de saúde infantil. Mas vamos ser realistas também, né? Ainda existem muitos mitos, falta informação, como também faltam serviços voltados para que a amamentação seja bem sucedida. Portanto, enquanto estas práticas não mudarem, começando por um pré-natal bem feito, muitas mulheres terão dificuldades e não resistirão a tanta dor (e não me refiro somente a física, imagina só o filho não conseguir se alimentar) e o desmame será inevitável.
Que tal amenizarmos a dor dessa mulher? Amamentar teria sido bom, mas se não foi possível, não vamos julgá-la!
Vamos entender o que sente/pensa essa mulher que queria amamentar e não conseguiu. A psicóloga do Banco de Leite Humano do Hospital Universitário Materno Infantil, Wênnya Araújo, explica que por vivermos em uma sociedade em que o aleitamento materno é recomendado como a melhor forma de alimentar o filho, a mulher que não consegue amamentar, desenvolve esse sentimento de culpa. "Se essa mulher tivesse inserida em outro contexto cultural, onde a amamentação não fosse padrão, esse sentimento de culpa não existiria", destaca. 
A psicóloga relata ainda que ao analisar o histórico dessa mulher, se ela foi amamentada, o sentimento de culpa prevalecerá ainda mais, uma vez que ela passa a ter uma a dívida simbólica com a criança, pois a primeira declaração de amor que a mãe faz para o bebê é a amamentação e ela não conseguiu.
Questionada sobre a possibilidade do sentimento de culpa ocasionar uma depressão, Dra. Wênnya Araújo alerta quanto a conduta a ser adotada. "A equipe de saúde nem sempre se preocupa em conhecer a realidade daquela mãe, os motivos pelos quais ela não conseguiu amamentar, isso já agrava os problemas dela. Antes de impor a amamentação, a equipe deve ter empatia, conhecer melhor essa história para conduzir adequadamente essa mãe".
Segundo a psicóloga, a família também tem um papel importante. "Como os familiares estão conduzindo essa situação? Se você percebeu que a mãe está apresentando um humor depressivo, que não é a mesma coisa que depressão, uma certa culpa em relação a dificuldade de amamentar, ela deve ser encaminhada para o acompanhamento psicológico".
Ainda de acordo com a profissional, é importante a mulher saber porque ela não conseguiu amamentar, o motivo pode estar no campo biológico e se não estiver, estará no psicológico, mas ela precisa saber. "A partir dessa conscientização podemos traçar um roteiro e conduzir melhor a situação, pois trata-se de uma vivência específica de cada mulher", concluiu.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Os primeiros 1000 dias.

Já ouviu falar da importância dos primeiros 1000 dias? Esses dias compreendem o período de 9 meses da gestação, 1º e 2º ano de vida (270 + 365 + 365 = 1000). Estudos científicos revelam que os cuidados nesse período podem afetar a saúde de uma pessoa pro resto da vida.
9 meses de Gestação
- Bebês com atraso no crescimento dentro do útero ou que nascem com baixo peso (inferior a 2.500g) apresentam maior risco de desenvolver diabetes, obesidade, colesterol elevado, pressão alta, osteoporose, doenças renais e do coração quando adultos.
- Crianças nascidas 2 semanas antes da hora tem mais chances de desenvolver problemas respiratórios.
- As cesarianas acarretam quatro vezes mais infecções pós-parto e três vezes mais mortes maternas.
Quais cuidados são necessários?
- Fazer acompanhamento pré-natal durante todas gestação em um serviço de saúde, com atenção especial para as gestantes de risco (com pressão alta, diabetes, adolescentes, idade elevada).
- Ter bons hábitos alimentares e cuidado com a saúde, evitar o fumo, uso de álcool e drogas.
- Optar pelo parto normal, sendo realizada a cesariana somente nos casos em que houver risco para criança ou para mãe.
No 1º e 2º ano de vida
- A criança que não foi amamentada ao seio tem mais risco de apresentar pressão alterada, diabetes e obesidade na adolescência e na vida adulta.
- Crianças com dois anos que apresentam baixo peso tem maior risco de desenvolver diabetes quando adultas.
Quais cuidados são necessários?
- Até o 6º mês de vida a criança deve receber de forma exclusiva o leite materno, alimento que será responsável pelo crescimento e desenvolvimento saudável. Não há necessidade de se ofertar leites artificiais, chá e nem água. O leite materno é um alimento completo, rico em nutrientes e que garante a hidratação da crianças, mesmo nas regiões mais quentes.
- A criança deve continuar recebendo o leite materno até os 2 anos de idade, entretanto, após o sexto mês necessita de outros alimentos, que ajudarão na manutenção de sua saúde. Deve ser oferecido de forma lenta e gradual frutas, verduras, legumes, cereais, carnes, água. A refeição deve ser espessa no início e oferecida em pratos e copos, evitando o uso de mamadeiras. O preparo da refeição deve ser com muito cuidado, utilizando somente
temperos naturais e para evitar a contaminação, não se deve usar liquidificador e nem peneiras. A origem da água também deve ser segura, sendo que esta deve ser filtrada e fervida.
- Os pais devem estar atentos ao cartão de vacinação, este deve estar em dias. É importante a verificação do peso e comprimento da criança de forma periódica.
- Além desses cuidados a criança deve receber amor, carinho e atenção da família, fatores que fortalecerão os vínculos afetivos, contribuindo para o bom desenvolvimento infantil.

domingo, 3 de maio de 2015

Quem amamenta precisa de apoio de toda família.

Hoje vamos acompanhar um pouco da experiência vivida por Thalita Santos, que teve o apoio da marido para ter sucesso na amamentação.





"No começo a amamentação foi muito difícil, o bebê ainda estava aprendendo a sugar, a pega dele era incorreta, então precisei de ajuda profissional para corrigir esse erro, pois isso já estava começando a ferir meu seio. Após a correção da pega, minha mama não feriu mais e então a amamentação passou a ser o momento mais prazeroso da minha vida.
A amamentação é um momento único entre mãe e filho, muito gostoso, de puro amor e troca de olhares. Amamentei meu filho até os 6 meses, de forma exclusiva. Não amamentei após esse período porque tive momentos de muito estresse e isso fez meu peito secar. 
Amamentar foi muito importante para o Alexandre, ele nunca adoeceu, sempre foi um bebê gordinho e saudável. O apoio do meu marido foi extremamente importante nessa fase, pois ele me acalmava quando o bebê não conseguia fazer a pega correta e também em ajudava a deixar o Alexandre mais calmo".

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Por que amamentar é tão difícil?

Nos atendimentos que faço com mulheres em fase de amamentação esse tem sido um questionamento recorrente: Por que amamentar é tão difícil?
Durante a gestação as mulheres idealizam a chegada da criança e o período de amamentação como algo que será muito fácil, lindo como nas propagandas voltadas para o público "mãe e bebê". Como se amamentar fosse um botão e que basta apertá-lo e o processo acontecerá, mãe já sabendo amamentar após o parto e criança craque na pega correta e na sucção.
Amamentar é lindo, mas quem disse que seria fácil?
Os relatos são os mais diversos..."dói", "meu peito tá ferido", "sangra", "meu marido não quer ouvir o choro do bebê", "meu leite é fraco, não sacia a fome do meu filho", "minha sogra comprou um pipo/chupeta/pupu", "minha mãe disse para eu dar a mamadeira", "minha vizinha disse que o chá vai acalmar meu filho".
Para entendermos melhor algo, o ideal é nos colocarmos no lugar do outro, certo?
Então vamos fazer o seguinte: você, caro leitor (e aqui não importa o sexo), é a mulher que acabou de parir, está no apartamento da maternidade, cheia de pontos (foi uma cesárea), o quarto está LOTADO, todos foram visitar o bebê (isso mesmo, o bebê, a mãe é colocada de lado, não é a protagonista), você não consegue nem se mexer pois os pontos doem, além disso tem aqueles efeitos desagradáveis da anestesia (náuseas, vômito), você também não pode conversar, senão ficará cheia de gazes.
Essa cena é super comum, a mais nova "mãe" recebendo toda pressão, sentindo-se sem capacidade para amamentar seu filho... amamentar vai ser difícil assim. Vamos parar bem aqui, voltaremos para a gestação. Qual orientação sobre amamentação você recebeu no seu Pré-natal? Ah, sim, disseram que o leite materno é importante e que você deve oferecer para o seu filho de forma exclusiva até o sexto mês de vida, como recomenda o Ministério da Saúde. Foi só isso, não é?
Vou listar rapidamente algumas coisas que a mãe deve saber no pré-natal.
1-Posição correta de colocar a criança no peito.
2-Por que esvaziar a mama antes de oferecer a outra.
3-O choro da criança não significa apenas fome, mas tudo aquilo que ela sentir. O choro é a maneira que ela se comunica. Ela vai chorar com fome, frio, calor, fralda suja, cólica, quando quiser apenas o colo da mãe (tem coisa melhor que colo de mãe?).
4-Não se oferece bico artificial para um bebê. A forma de sugar na mamadeira é diferente, mais fácil, exige menos trabalho da musculatura facial. Você vira a mamadeira e o leite desce. No peito não, o leite só sai se o bebê sugar. Os bicos artificiais causam CONFUSÃO DE BICO, logo, a criança rejeita o peito, desaprende a mamar.
5-Bico ferido é consequência de pega incorreta e deve ser tratado com o leite materno, ele cicatriza, tem essa propriedade também.
6-O famoso chá também nunca deve ser oferecido. Lembre-se que as defesas da criança estão sendo formadas.
7-Existem vários tipos de bicos (plano, invertido) e para cada um deles existe uma técnica, que ajudará a criança a pegar a mama corretamente.
Eu poderia relatar mais coisas que a mãe deve saber, mas deixarei para outras postagens.




O que vocês familiares e amigos devem ter em mente é que a mulher que vai amamentar precisa do seu APOIO, ela está mais sensível, seu corpo sofreu e ainda sofrerá mudanças. Ela também precisa de SERVIÇO ESPECIALIZADO, infelizmente não são todos os Pediatras que dominam as técnicas de amamentação, mas no Brasil existe uma rede de Banco de Leite Humano
(http://www.redeblh.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home) que presta esse tipo de serviço.
Os problemas irão aparecer e para serem resolvidos a mulher necessita de atendimento o
quanto antes. E você mãe, não se sinta incapaz, a natureza foi generosa e sábia, fez do teu corpo aquilo que tua cria precisa. Acredite em você, pois você é capaz sim. Amamentar é para ser prazeroso e não um sofrimento na vida da mulher!

sábado, 4 de abril de 2015

O que são Alimentos Gravídicos?

Você já ouviu falar em Alimentos Gravídicos?
A primeira vez que ouvi esse termo, imaginei que se tratava de alimentos que deveriam ser consumidos durante a gestação para que a mulher e a criança tivessem o período gestacional seguros.
Infelizmente nem toda gravidez é planejada, em alguns casos o homem ao descobrir que a mulher está gestante, a abandona, tornando a gestação um período difícil.
A partir da Lei 11.804 de 5 de novembro de 2008, a mulher grávida passou a ter legitimidade para propor a Ação de Alimentos.
As despesas não se restringem só a "alimentos", que diz respeito aos valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes à alimentação especial.
A gestante tem direito a assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o Juíz considere pertinentes.
Não se trata de rol meramente taxativo, uma vez que poderão existir outras despesas não mencionadas aqui e que sejam indispensáveis a gestante a ao feto. Os Alimentos Gravídicos se destinam a assegurar ao nascituro uma gestação saudável e segura.





Vale ressaltar, que a gestante ao propor a Ação de Alimentos em face do futuro pai, deve aduzir provas que convençam o Juíz da paternidade alegada.
Convencido dos indícios da paternidade, o Juíz deverá fixar Alimentos Gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, observando a necessidade da reclamante e os recursos financeiros da pessoa obrigada.
Após o nascimento com vida, os Alimentos Gravídicos são convertidos em Pensão Alimentícia em benefício do menor, até que uma das partes solicite sua revisão ou exoneração. A exoneração ocorre se o pai provar por meio de prova pericial, neste caso exame de DNA, que o menor não é seu filho.